A profª Siomara de Língua Portuguesa, trabalhou com nossos alunos esse texto, onde eles construíram as bolsas e vivenciaram a história. Eles adoraram e puderam trabalhar também a atenção e a coordenação motora.
O
texto abaixo conta uma história do interior da cidade grande, onde os costumes
são bem diferentes (vida em família, os meios de transporte etc). Leia com
bastante calma e atenção!
“A bolsinha, a bolsa e a bolsona” (Rosane Pamplona)
Um menino ia passear na cidade grande
pela primeira vez. O pai recomendou:
- Filho, tome o dinheiro para o trem,
mas guarde-o sempre nesta bolsinha. Só tire da bolsinha as notas que precisar e
nunca a deixe aberta! Tome bastante cuidado na cidade grande!
O menino guardou bem aquelas palavras e
foi se despedir da mãe. A mãe achou que a bolsinha não era segura. Pegou outra,
maior, e ensinou ao garoto:
- Meu filho, leve a bolsinha de
dinheiro sempre dentro desta bolsa. E nunca a deixe aberta! Cuidado! Você nunca
foi para a cidade grande. Lá é bem diferente daqui do campo.
O menino foi se despedir da avó. A avó,
mais precavida, achou melhor lhe dar uma bolsa maior ainda. E explicou:
- Meu neto, ponha sempre a bolsa com a
bolsinha dentro desta bolsona. E nunca a deixe aberta! Tome cuidado! A cidade
grande é bem movimentada e você não está acostumado com isso...
O menino ouviu tudo com atenção e foi
embora pegar o trem. Chegando ao guichê, abriu a bolsona e tirou dela a bolsa.
Fechou a bolsona e abriu a bolsa. Tirou a bolsinha, fechou a bolsa, abriu a
bolsona, guardou a bolsa, fechou a bolsona. Então, abriu a bolsinha, tirou uma
nota de dez reais e fechou a bolsinha. Abriu a bolsona, tirou a bolsa, fechou a
bolsona, abriu a bolsa, guardou a bolsinha, fechou a bolsa, abriu a bolsona,
guardou a bolsa, fechou a bolsona. Só então, deu o dinheiro para o funcionário
do guichê. Mas, este não quis lhe dar a passagem.
- O valor da passagem de trem é 12
reais, rapazinho.
O menino, então, abriu a bolsona, tirou
a bolsa, fechou a bolsona, abriu a bolsa, tirou a bolsinha, fechou a bolsa,
abriu a bolsona, guardou a bolsa, fechou a bolsona, abriu a bolsinha, tirou
mais uma nota de dez, fechou a bolsinha. Daí abriu a bolsona, tirou a bolsa,
fechou a bolsona, abriu a bolsa, guardou a bolsinha, fechou a bolsa, abriu a
bolsona, guardou a bolsa e fechou a bolsona. Deu a outra nota para o
funcionário, que lhe devolveu o troco.
Para
guardar o troco, o menino abriu
a bolsona, tirou a bolsa, fechou
a bolsona, abriu a bolsa, tirou a bolsinha, fechou a
bolsa, abriu a
bolsona, guardou a bolsa, fechou
a bolsona, abriu a bolsinha, guardou o dinheiro, fechou a bolsinha, abriu a
bolsona, tirou a bolsa, fechou a bolsona, abriu a bolsa, porém, antes que ele
guardasse a bolsinha na bolsa, fechasse a bolsa, abrisse a bolsona, guardasse a bolsa na bolsona e fechasse a
bolsona, o trem passou e ele ... perdeu o trem!
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